É com muito pesar que o Cacique Merong, virou encantado no dia 04/03.

O mesmo deixou órfão seu povo.

Nas palavras da associada guardiã da Nossa Cidade, Hélcia Veriato:

"Quando matavam os parentes próximos, eu perguntava para o Merong como ele estava e ele me dizia sempre a mesma coisa: "Minha irmã, não dá tempo de chorar, guerreira. Eles seguem nos matando e temos que ser fortes para seguir resistindo e lutando pra viver." Gente, esse é um dos ensinamentos dele. Transformar o luto em luta!💪🏼/ Aprendi com o Merong que não dá nem tempo de chorar as perdas pois a luta continua! Com o coração apertado pela perda de um amigo, um grande homem, um forte e jovem guerreiro, que somei forças junto aos meus colegas de Fundo Regenerativo de Brumadinho para apoiá-los nesse momento. Recebam o pão para fortalecer vocês na data de hoje! E ninguém solta a mão de ninguém, porque nenhum de nós é melhor que todos nós juntos!"

Nas palavras da associada colaboradora da Nossa Cidade, Maria dos Anjos:

"com meu coração indígena da região de poté de Minas ,hoje pulsando mais forte em ver a dor dessa tribo, que aqui está para cuidar da mãe terra e desfrutar do que nos foi dado por Deus, quero dizer que quando se vai um indígena, fica a certeza de que fez sua parte e contribuiu para nossa preservação, pois a determinação, sabedoria e vivência permanecerão para sempre nesta terra. Deus os fortaleçam para seguir em frente. PARABÉNS a família pela cultura de Guerreiro na vida desse jovem, que influenciou pessoas e que continuará encantado no nosso meio como um exemplo de coragem em defesa do seu povo."

Tocados em enviar nossa solidariedade e contribuir para a despedida de nosso amigo Merong, liderança indígena pertencente ao povo Pataxó-hã-hã-hãe, líder da comunidade Kamakã Mongoio, conhecido nacionalmente pela sua atuação na defesa do direito dos povos indígenas aos seus territórios tradicionais, enviamos uma humilde oferta de mantimentos para não deixar faltar o alimento pra tribo, o café e o lanche no seu velório.